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17-02-23

Reduzir o CO2 através da indução na conformação a quente

Em conjunto com a universidade alemã de Paderborn e outras empresas, a KIRCHHOFF Automotive gostaria de trazer o aquecimento indutivo de chapas em bruto moldadas para componentes da carroçaria conformados a quente para a prontidão da produção em série. Isto poderia evitar uma grande quantidade de emissões de CO2. Markus Löcker, Especialista em Desenvolvimento de Tecnologia em Attendorn/Alemanha, faz parte de uma equipa de investigação que está a trabalhar no desenvolvimento deste processo.

Energia por indução – isto funciona não só em casa no fogão, como também pode funcionar numa fábrica de conformação a quente. “Estamos envolvidos nos primeiros projetos de investigação sobre o aquecimento por indução desde 2010. No processo em 2019, aquecemos com sucesso a área do topo da nossa coluna B por meio de indução  e depois conformámo-la  na nossa ferramenta da coluna B”, explica Markus Löcker.

A conformação a quente é parte integrante do nosso portefólio de tecnologias de fabrico há 15 anos. Este processo pode ser usado para produzir peças de carroçaria de alta resistência e muito leves. Se estas peças forem instaladas no veículo, este terá um peso significativamente menor, o que reduz o CO2.

Isto soa bem inicialmente. No entanto, a produção de peças conformadas a quente causa emissões elevadas. “No processo de conformação a quente industrial, as chapas metálicas em bruto são geralmente aquecidas em fornos de até 40 metros de comprimento. Para pôr estes fornos a uma temperatura de 950 graus Celsius, normalmente são necessários combustíveis fósseis”, explica o Prof. Dr. Thomas Tröster, titular da cadeira de Lightweight Automotive Construction (LiA) (Construção Automóvel Leve) na Universidade de Paderborn e membro da direção da iniciativa “New Mobility Paderborn” (NeMo).

A equipa de projeto está agora a investigar um método para aquecer indutivamente as chapas em bruto durante a conformação a quente. Isto funciona como cozinhar num fogão de indução: os corpos condutores de eletricidade (como a panela no fogão ou as chapas em bruto durante a conformação a quente) são aquecidos com a ajuda de um campo magnético alternado. A corrente flui através de uma bobina (indutor) e gera o campo magnético. O efeito magnético induz correntes de Foucault no material, fazendo com que este aqueça.

“Num outro projeto de investigação com vários parceiros de projeto, estamos a desenvolver revestimentos inovadores de chapa metálica que podem ser aquecidos por indução. Os revestimentos AlSi (alumínio-silício) usados atualmente não permitem um aquecimento completo por indução, porque requerem um tempo de difusão em determinadas temperaturas”, explica ainda Markus Löcker.

Se as peças conformadas a quente forem aquecidas por indução, a eletricidade regenerativa gerada pode ser usada para esse fim, reduzindo, deste modo, as emissões. Além disso, as temperaturas elevadas podem ser alcançadas de forma mais rápida e eficaz do que anteriormente. No fim do processo, os veículos podem ser fabricados de forma mais amiga do ambiente e eficiente. Uma outra vantagem de um sistema de aquecimento por indução são os requisitos de espaço, quando comparado com o forno de rolos, poderá gerar uma poupança de espaço de aproximadamente 55 %.

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